No último fim de semana, tive o prazer de orientar uma oficina com jovens artistas em Maputo. Foi um encontro cheio de energia, de ideias e de vontade de criar. Ver a juventude moçambicana com tanta sede de expressão enche-me de esperança.
Durante a oficina, falámos sobre técnica, sim — mas, acima de tudo, sobre escuta, presença e identidade. A pintura, para mim, sempre foi mais do que estética. É uma forma de preservar o que somos e provocar novas formas de ver.
Ensinar é também uma forma de continuar a aprender. Cada pergunta que me fizeram, cada obra que criaram, foi uma troca que levo comigo. Pretendo continuar com estas oficinas de forma regular, abrindo espaço para o diálogo entre gerações, entre artistas, entre mundos.